Lá uma conciencia coletiva que ainda tem uma visão negativa
dos seus artistas e que difícilmente consegue afastar as dualiades
poltica-arte, religião-politica, etc.
Neste pensamento que acho proprio das crianças que ainda bem
estão conformando sua persnalidade move-se muitas pessoas, as vezes carentes de
cultura, as vezes cultas mesmo mas com um lado ideológico que marca a
diferença.
Desssa maneira nenhum compositor do passado tem salvação,
tem o perdão ou tem sequer a capacidade de ser entendido no contexto vivido. W.
A. Mozart na Corte do Emperador José I de Austria, Haydn ao serviço dos
Esterházy, a fila é inumera.
Villa-Lobos não é uma excepção nesse olhar do povo
brasileiro de oblíquo. Mesmo um tome a considerar sua vagunça na vida pessoal,
sua infidelidade e outras as quais
vocês podem encontrar no filme Villa-lobos; Uma vida de paixão do diretor
Zelito Viana, ano 2005, Villa-Lobos é para a Música Universal uma figura em
destaque. O Modernismo não pode ser entendido sem o compositor que achava que a
música não podía ficar só na intelectualidade do erudito, como a maioría dos
nacionalistas Heitor encontrou um caminho que fazia do popular um sucesso na
burguesía e do erudito um paso para a culturização do Brasil.
Não conheço quase nenhum artista brasileiro da chamada
MPB que tenha falado apenas umas
palavras do maior compositor do seu país, daquele que hoje alguns aproveitam
para fazer suas musicas orquestrais, mesmo era aquilo que tanto odeiavam porque
era contrario a ideología imperante.
Com certeza ainda há duas versões do Villa-Lobos no periodo
da ditadura de Vargas. Uma, a que oferece Mauricio Barreto no artigo “ O
maestro da ordem: Villa-Lobos e a cultura cívida nos anos 1930/1940”. Ele escreve:
“ A partir de 1930 Villa-Lobos passou a reivindicar para sí a tarefa e o
discurso de uma renovação moral e cívica” (Barretos, pag. 176). Mesmo fazendo
um grande esforço para entender aquila necessidade de identidade que Mario de
Andrade ja fazia sua dum Brasil de todos, é verdade que é muito difícil também
separar uma atiude de “instruções” ideológicas que por outro lado também
aconteceram noutros lugares do planeta.
Mas eu estou mais próximo a defesa que fazem Patricia Muñiz
e Priscila da Costa no aritgo “ Reflexões sobre a poítica e a linguagem: A
Música brasileira na visão de Heitor Villa-Lobos” Quando elas falam na Conclusão: “ Em relação à aproximação com o governo de Getúlio Vargas,
demonstrou-se aqui que o Canto
Orfeônico não possuía apenas ideais cívicos, mas seu ensino encontrava-se
também voltado à preocupação com a sensibilidade musical e o “bom gosto”.
(Muñiz, Da Costa, pag. 10)
Sei lá se
Villa-Lobos estava ou não afim da ditadura, também ninguém sabe se W.A. Mozart
admirava a Monarquía Absolutista ou pelo contrario rí-se dela nas suas óperas.
Na vida dum artista, dum compositor, tem muito maior interesse aquilo que ele
faz e menos aquilo que ele diz. É aí onde fazer julgamento. Se foi uma
genialidade, uma mediocridade, se mereceu ou não o lugar que a Historia
possou-lhe. Para outros julgamentos, gente, tou fora.
REFERENCIAS
CONSULTADAS.
BARRETO ALVES,
Mauricio “ O maestro da ordem_ Villa-Lobos e a cultura cívica nos anos
1930/1940” ArtCultura, Uberlândia, v. 10, n. 17, p. 173-189, jul.-dez. 2008
MUÑIZ
MENDES, Patricia, DA COSTA PINHEIRO, Priscila. · REFLEXÕES SOBRE A POLÍTICA E A LINGUAGEM: A música brasileira na visão
de Heitor Villa-Lobos” UFJF Brasil 2010
VIANA Zelito “ Villa-Lobos:
Uma vida de paixão” filme 2005