Faz ja
alguns meses comprei o album da Bis de Taiguara. Ate faz pouco também não tive a oportunidade de
escuta-lo (sempre gosto diferenciar escutar de ouvir).
Taiguara
Chalar da Silva, é uns desses artistas que chama a atenção por varios motivos.
O primeiro,
e mais importante pela sua originalidade musical num tempo onde a música tinha
ainda um maior espaço pra fazer a diferença (agora é mais dificil encontrarr, a
excepção dos que viveram aquele tempo, ista capacidade de não ter sido copia de
outro). Ao escutar as músicas de Taiguara um entende melhor a Ivan Lins e
outros artistas que marcaram uma época.
O segundo
pela sua talentosa capacidade de fazer da sua voz um instrumento camaleão que adapta-se
a sons segundo a lírica ou a vontade do interprete. Não podemos esquecer sua
tradição musical de pai bandoneoista e mãe cantora.
Poderiamos
continuar peguntando como foi possivel que um homen que ficou tanto no exilio
tivesse uma oportunidade de reconhocimento no Brasil (país onde não nasceu
pelas circusntâncias de ter um pai músico). É verdade que seu éxito foi tarde,
mesmo quando suas músicas ja não estavam mais nos intereses musicais do povo.
É motivo de
surpresa que Taiguara ficasse tanto no exílio e com tanta censura num
compositor que a maioria das letras não tem conteúdo político. Isto só pode-se
entender na ignorància daqueles que faziam a gilhotina de tudo suspeito de
atentar com “a única verdade”.
No álbum
que Bis diu a conhecer de Taiguara tem músicas de muita emoção como Que as crianças cantem livres, o velho e o
novo, mudou ou carne e osso.
Muitas
dessas músicas tem a marca do seu tempo, na década dos sesenta e setenta.
Infelizmente,
Taiguara não está mais conosco. Um 14 de fevereiro de 1996 a música perdeu a
uns dos seus filhos ao menos pra os mortais mesmo sua música e sua essência
continue na órbita do espaço como lembrança e estela do seu legado.
Na web do artista pode-se ler da Censura (tempo de escuridão)